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Cristalinidade em Polímeros

Qual a diferença entre um plástico transparente e um opaco?

Esse artigo é composto das seguintes seções:

    1. Arranjo atômico dos polímeros;
    2. Efeitos do grau de cristalinidade;
    3. Conclusão;

1. Arranjo atômico dos polímeros;

Os plásticos e resinas possuem um arranjo atômico mais complexo quando comparados às cerâmicas e metais, já que não envolve apenas átomos e sim moléculas inteiras.

A cristalinidade dos polímeros pode ser tratada como a taxa dessas moléculas ordenadas (região cristalina) intercalada por desordenadas (região amorfa).

Os polímeros são normalmente formados por moléculas complexas e que encontram uma resistência maior para se ordenarem durante a polimerização. Por isso podem possuir um arranjo totalmente desordenado (amorfo) ou com no máximo aproximadamente 95% de ordem, ou como nos referimos: com 95% de cristalinidade. 

2. Efeitos do grau de cristalinidade;

Observamos que quanto menor o grau de cristalinidade do polímero, ou seja, mais amorfo, maior será sua transparência, como ocorre com o poliestireno e policarbonato.

Outras propriedades também são influenciadas pela cristalinidade do plástico ou da resina. Veja a tabela abaixo:

Propriedade Amorfo Cristalino
Transparência MAIOR MENOR
Densidade MENOR MAIOR
Resistência Mecânica MENOR MAIOR
Resistência Química MENOR MAIOR
Resistência à creep (fluência) MAIOR MENOR
Estabilidade Dimensional MAIOR MENOR
Contração na moldagem MENOR MAIOR
Pós-contração MENOR MAIOR

Para determinar o índice de cristalinidade de um polímero pode-se aplicar a análise de DSC (Calorimetria Exploratória Diferencial), na qual é possível obter o calor de fusão do material da amostra.

3. Conclusão;

Com esse breve estudo sobre a cristalinidade nos plásticos e resinas podemos responder a questão inicial. O nível de arranjo das moléculas do polímero vai influenciar em suas propriedades ópticas e definir se ele será transparente ou opaco.

O grau de cristalinidade não afeta somente o aspecto visual da peça, mas também propriedades químicas, mecânicas e físicas e deve ser levado em consideração desde a etapa de projeto.

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Referências

Callister Jr., W.D., Ciência e Engenharia dos Materiais, uma Introdução, 7ª Edição, Ed. Guanabara, 2008.

Mano, E. B., Introdução a Polímeros, 2ª Edição,  Ed. Blucher, 1999.

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